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terça-feira

A Fotobiologia e o Estudo dos Efeitos da Luz e Cor nos Organismos Vivos

Segundo os estudos de diversos cientistas desta nova área, que é a fotobiologia (que explica muito bem a cromoterapia e seus efeitos terapêuticos), é possível comprovar-se cientificamente que a luz e a cor possuem, realmente, um profundo efeito sobre os organismos vivos, um conhecimento que já era nato em povos tão antigos, como os egípcios.
O que a fotobiologia tem comprovado é que independe, em alguns pontos, que se veja com os olhos a cor para que ela tenha um efeito sobre o corpo. Experiências feitas com crianças normais e outras com deficiência visual vieram demonstrar que ambas, quando expostas a uma intensa luminosidade azul, apresentaram diminuição em sua pressão sanguínea. Já é de conhecimento, hoje em dia, que o azul possui efeitos sedativos sobre as supra-renais, fígado e vesícula, sendo empregado com grande eficiência em casos de icterícia, principalmente em recém-nascidos, daí seus efeitos hipotensores.
O que é interessantre colocarmos aqui é que nossa pele está ligada a milhares de neurotransmissores, que seriam, dentro das observações já feitas, os responsáveis pela transmissão das sensações coloridas vivenciadas pela pele (independentemente da visão neste caso), para todo o organismo, desencadeando com isso efeitos enzimáticos, hormonais e psicológicos por todo o corpo.
H. L. Logan, um especialista em iluminação, assinala o fato de que a luz dilata os vasos sangüíneos, estimula a circulação, e assim livra o corpo das toxinas e alivia a carga nos rins. A hemoglobina do sangue, por exemplo, pode ser aumentada pela luz e diminuída pela escuridão. A luz também induz o processo hormonal através da ativação das glândulas endócrinas. Outro pesquisador, Richard J. Wurtman, evidenciou que a estimulação da luz pode vir através dos olhos mas também através da pele e de tecidos subcutâneos. Ele afirma: “Parece claro que a luz é a mais importante energia decorrente do meio ambiente, excetuando a comida, a controlar as funções do corpo.”
Podemos controlar, conhecendo a necessidade de luminosidade de cada planta de acordo com a época do ano, a floração e frutificação das mesmas. Por exemplo, nas épocas de verão, onde os dias são mais longos e as noites mais curtas, as plantas ficam expostas a uma maior intensidade de luminosidade. Nos dias de inverno, onde o período de noite é maior, as plantas recebem menos luminosidade ao longo do dia. Elas controlam e sabem exatamente em qual estação produzirão flores e frutos utili-zando-se para isso de um pigmento encontrado em suas folhas, o qual chamamos de fitocromo. O fitocromo somente é estimulado pelos comprimentos de onda vermelho e vermelho-extremo, outros comprimentos de onda são invisíveis a ele. Se nos períodos de inverno, onde a noite é mais curta, acendermos holofotes, por exemplo, sobre a plantação de uma determinada fruta, que só dê no verão, enganaremos o fitocromo e será possível ver frutas desta mesma árvore em pleno inverno. Inclusive, vale ressaltar aqui o processo competitivo entre as plantas dentro de uma floresta, para obterem luz suficiente para se desenvolverem, pois se ficarem próximas ao chão, não receberão vermelho suficiente, pois este é filtrado pelas folhas verdes da copa das árvores.
Desconsiderando-se somente os efeitos sobre a pele, também a visão ou não da luz produz sérias alterações em todo o corpo. Em experiências pessoais, o Dr. Ott, diretor do Environmental Health and Light Institute de Sarasota, curou-se de um problema de artrite deixando simplesmente de usar óculos escuros. Wurtman, o qual citamos anteriormente, descobriu também que moças cegas tendiam a menstruar mais cedo do que as de visão normal, e acreditava ser isso possível devido ao fato de que, “na falta da resposta da retina à luz, há um desequilíbrio que resulta numa função menstrual precoce”. Entre as mulheres esquimós, a menstruação pode cessar durante a longa noite ártica e aqui possivelmente a falta de luz leva a uma forma natural de hibernação humana.
Podemos, assim, concluir que as cores e as luzes afetam de maneira bem intensa e profunda toda a totalidade da vida, independentemente conforme já ficou provado, da consciência ou não de seus potenciais terapêuticos.
Fábián László